Às Marias

Vim a saber então
Que a forma não marcada dos homens
É João.


E o que tu dirias
Se dentre as mulheres
A forma não marcada fosse Maria?


Que mesmo não sendo verbo
Sempre pede um objeto,
Direto ou indireto.
Com a preposição
Qual Maria da Conceição,
Ou regência direta:
Maria Roberta.


Gosto também quando Maria é adjunto,
Aqueles que embelezam,
Que do nome vêm junto:
Ana Maria, Célia Maria, Rosa Maria.
E Mariana, como me encanta,
Compõem por aglutinação
Meu tão humilde coração.


E para não ser injusto,
Como são belas: Maria do Carmo e Maria de Lourdes.
Maria João, Maria José,
Maria da Penha, Maria de Nazaré.


Por fim, destaque em minha poesia
A que mais me enamoro:
Maria de Fátima, a minha Maria.


Heitor Victor

Comentários

  1. Um bonita homenagem às Marias!!!

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  2. Maria, este é o nome no qual o poema se foca. Nome tão comum e tão vasto em significado. Grosseiramente falando, estas linhas me divertem. Mas é a sutileza dele que me leva a comentá-lo. Vejo mais que um simples poema, mais que uma simples homenagem às Marias, ou mesmo a Maria de Fátima do autor. O que vejo descrevo a seguir, pois o que sinto é necessário dizer agora: inveja. Inveja do que vejo na essência destas linhas: a capacidade de amar. Uma amor verdadeiro e humano, que é sublimado pela idealização e busca do mesmo. Queria eu amar assim, ou no mínimo compor com essa alegria e maestria uma poesia para alguém que ao menos achasse que amo.

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