Memórias Póstumas do Louco

Primeiro surgiu o tempo
Depois, surgiu o espaço
A distância, existência
Mas que, pra mim,
Já se foi.

Existira então o toque
O tocado
O concreto, o abstrato
O dia, a lua
A virgem, a nua
O prazer, de se ter
De se viver, morrer
Crer...

Mas, agora
O toque já foi embora
Tudo se tornou concreto
Só o dia, o certo
O justo, discreto
E se há prazer
Nem mais é em morrer
Não mais se crê...

O que fazer?
Prazer?
Talvez viver, esquecer...
- De quê? -

Heitor Victor

Comentários

  1. Será que o prazer é o fim de tudo? Talvez ele seja o fim daqueles que nada compreendem. Mas aqueles que compreendem ou ao menos tomam ciência... estes sim... são dignos do substantivo não adjetivado do título.

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  2. Dignos... ou... vítimas? Será que tomar ciência da ilusão é o bem maior, ou apenas um martírio dos poetas?

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