O Derradeiro Calar


Quantas vezes mais terei de pisar neste solo,
Quantas vezes mais terei de abrir os olhos
E ver esse mundo sem sentido algum.
Viver sem saber ao menos por que vivo.

Vem vindo uma chuva noturna:
- espero que essa chuva lave tudo,
Lave nossas ruas, nossas casas,
Lave nossa alma… essa coisa irrequieta.

Não sei até quando terei de abrir os olhos,
Não sei se abrirei algum dia a mente;
E mesmo se há a que abrir
Ou apenas esperar que venha o derradeiro,
O ambicioso calar das ilusões.

Heitor Victor

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